quinta-feira, 18 de junho de 2009

Reflexão Final

Depois de todos estes dias a reflectir sobre a questão “Como criar um jornal de papel diário que prevaleça daqui a 10 anos?”, elaborei finalmente a minha conclusão escrita sobre o tema.

Penso que…
Apesar da época em que se vive, refiro-me à época de crise, é possível ainda criar-se um jornal diário impresso, mas não é possível garantir-lhe sucesso no futuro.
A aceitação de uma pessoa a um jornal de papel é algo que não se consegue prever, porque: os gostos e as preferências diferem de pessoa para pessoa; a sociedade tem hábitos de leitura distintos; nem todas as pessoas estão dispostas a pagar por um jornal impresso; a sociedade está cada vez mais familiarizada com a Internet e, por isso, preferem os conteúdos online.

Creio que quem está habituado a pagar por um jornal de papel continuará a fazê-lo, mas é difícil mudar de jornal depois de já se estar adaptado a esse jornal e os seus conteúdos: por exemplo, quem está habituado a comprar o jornal Público todos os dias, dificilmente um dia chegará à banca e comprará outro jornal se continuar a ter hipótese de comprar o Público.

Por exemplo, ainda há um mês começou a vender-se o jornal ‘i’, que resultou de um investimento de 10,4 milhões de euros e que só obterá rentabilidade possivelmente daqui a cinco anos.

Portanto, a conclusão a que cheguei é que apesar de um jornal diário impresso envolver uma quantidade impensável de esforços é possível criá-lo se obtivermos condições monetárias para tal e se tivermos ideias criativas e realistas para que se concretize esse jornal. No entanto, não há uma certeza que nos leve a acreditar que esse jornal prevaleça, pelo menos, dez anos. Até 2019 há muito para conhecer, para descobrir, quer no jornalismo digital e quer, talvez, no jornalismo impresso.

Se, obrigatoriamente, tivesse que criar um jornal, imaginando que tinha uma situação económica que mo permitisse, penso que optaria por conjugar um jornal em papel com uma edição online do mesmo.
Todavia, no jornal de papel optaria por colocar: grandes entrevistas; optaria por fazer duas a três ‘caixas’ semanalmente; opiniões e críticas de jornalistas/comentadores, com os quais tentaria manter um contrato de exclusividade; trataria temas que existem na sociedade, mas que raramente têm exposição pública; e, grandes reportagens. Escolheria um design actual e original quer no digital quer no impresso e tentaria difundir os temas com profissionalismo, criatividade e de todas as perspectivas ou, então, de perspectivas possíveis que nunca nenhum jornal teria abordado.
No jornal online, decidiria destacar: notícias breves, novidades de última hora, realçava alguns aspectos da edição impressa, colocava também opiniões de comentadores comuns de outros jornais… faria esta página conter uma informação mais leve, adaptada aos conteúdos online.

Penso assim, porque considero que as pessoas têm mais ‘paciência’ para ler artigos grandes em jornais de papel e menos paciência para os ler na Internet. Por isso, talvez uma boa ideia de explorar as duas vertentes (online e impressa) é conjugar os artigos mais completos e artigos mais breves e de consulta breve, nos jornais em papel e na Internet, respectivamente.
Se esta opção teria sucesso? Não sei, é a minha resposta. Talvez possa ser uma hipotética opção ou talvez, quem sabe, poderia resultar. Teria que experimentar, arriscar para saber se este projecto resultaria.

Isto não é nada mais que uma reflexão… uma ideia…baseada essencialmente nos meus pensamentos.
Até ao próximo pensamento :)
Beijinhos***

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