sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O descanso mais que merecido...

Depois de três anos a viver intensamente o espírito académico... Depois de uns 16 anos de estudo... Vejo-me agora licenciada!
Há uma semana que me encontro com o curso de jornalismo já concretizado, é mais um sonho realizado no meu longo caminho de desejos e ambições.
Agora, quero o descanso merecido antes de entrar num mundo onde nunca estiva: o mundo do trabalho!
Acredito que vai ser muito bom e acredito, que mesmo que leve tempo, vou vingar neste mundo difícil.
Quero aproveitar este tempo para me dedicar ao blogue, pra vos contar as aventuras das minhas férias. Por enquanto, continuo na minha terra, matando as saudades e pondo a conversa em dia com todos os amigos que não consegui ver frequentemente enquanto estudei em Lisboa. Depois logo verei como será o resto das férias.. Não tenho compromissos até 14 de Setembro, apenas quero aproveitar estes dias antes de começar com os meus projectos futuros.

Beijinhos ***

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Afinal, nem tudo são rosas...

Lembram-se de um 'post' onde eu falava do baixo preço da revista 'Cuore' (50 cêntimos)?
Pois é, sem aviso, a revista deixou os 50 cêntimos para 1 euro e 20 cêntimos: uma diferença de 70 cêntimos, mais do dobro.
No meu 'banho de informação' diário, comprei a revista para ver se alguém se queixava do aumento do preço do número quatro da revista. E, obviamente, lá estava uma leitora a lamentar o facto, mas a revista justificou o aumento de preço defendendo que os 50 cêntimos era o preço de lançamento das três primeiras edições.
Como se vê, não é fácil aguentar uma revista/jornal em papel. O preço baixo só pode ser praticado em poucas edições, porque se fosse em todas as edições tornava-se difícil ter lucro para cobrir todos os gastos a que obriga um trabalho jornalístico em papel.
Beijinhos

Juventude...Para onde vais tu?!

Olá :)

Bem, estas férias têm sido sempre de um lado para o outro.
Hoje venho aqui, essencialmente, escrever sobre um assunto: Festivais de Verão.

Primeiro, lá fui eu a dois festivais: último dia do Delta Tejo e último dia do Optimus Alive! Gostei dos dois, os artistas foram bons (Alexandre Pires foi o melhor, ou não fosse eu número dele) e os espectáculos também.
Fiquei chocada, principalmente no Alive, com a quantidade de "crianças" com mais ou menos 12 anos que andam por ali, perdidos, a fumar e a beber. Esta juventude está, realmente, 'muito à frente'. E, os pais destas crianças andam 'muito atrás', provavelmente cegos.
Considero-me uma mente aberta, mas ver ali crianças, não acompanhadas pelos pais, num festival de música pesada e rodeadas de cigarros, drogas e álcool é algo que a minha mente ainda não abrange. Onde andam os pais destas crianças?!

Tenho 21 anos e sempre tive uns pais liberais, mas nunca a este ponto. No entanto, tive sempre tempo e espaço para aproveitar aquilo que a vida me ofereceu, mas com alguns limites. Não me queixo de nada, porque considero que foi a educação que tive que me ajudou a chegar até aqui, sempre respeitei os limites impostos pelos meus pais para depois, calmamente, ir 'esticando' as horas a que chegava a casa.
Hoje não tenho horas de chegada a casa, mas tenho a obrigação de avisar onde vou e com quem vou. Não é uma obrigação, mas sim uma questão de respeito com aqueles que me sustentam, por isso é que nunca precisei de lhes mentir.

Pronto, foi um desabafo de alguém que ficou 'chocada' com os caminhos para onde seguem a juventude de hoje.
Já agora, envio agora os parabéns ao grupo musical pinhalnovense Shivers que chegou à MTV com a música "Epah". Estou contentes por eles, porque são da minha terra... E, é um feito inédito chegar a um canal da dimensão da MTV.
Mas, como nós aqui temos o hábito de comentar "Epah,em qualquer sítio está sempre alguém do Pinhal Novo"! :)
Agora também já temos alguém na MTV, o que tem sido a novidade desta semana aqui na terrinha, saindo em todos os jornais da zona.


Beijinhos

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Férias a sério precisa-se!

Então, essas férias?! ;)
Bem, eu ainda ando aqui presa a algumas reportagens, mas tudo a correr sobre rodas. No final do mês lá saberei se estou licenciada ou não.
Mas, tenho aproveitado estes dias para traçar projectos futuros, passear, rever amigos que não consigo ver com tanta frequência em tempo de aulas, treinar o corpo e a mente no ginásio... ;)
Tem sido bom! Ah, tenho dormido muito. Recuperar as noites perdidas..

Beijinhos***

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Reflexão Final

Depois de todos estes dias a reflectir sobre a questão “Como criar um jornal de papel diário que prevaleça daqui a 10 anos?”, elaborei finalmente a minha conclusão escrita sobre o tema.

Penso que…
Apesar da época em que se vive, refiro-me à época de crise, é possível ainda criar-se um jornal diário impresso, mas não é possível garantir-lhe sucesso no futuro.
A aceitação de uma pessoa a um jornal de papel é algo que não se consegue prever, porque: os gostos e as preferências diferem de pessoa para pessoa; a sociedade tem hábitos de leitura distintos; nem todas as pessoas estão dispostas a pagar por um jornal impresso; a sociedade está cada vez mais familiarizada com a Internet e, por isso, preferem os conteúdos online.

Creio que quem está habituado a pagar por um jornal de papel continuará a fazê-lo, mas é difícil mudar de jornal depois de já se estar adaptado a esse jornal e os seus conteúdos: por exemplo, quem está habituado a comprar o jornal Público todos os dias, dificilmente um dia chegará à banca e comprará outro jornal se continuar a ter hipótese de comprar o Público.

Por exemplo, ainda há um mês começou a vender-se o jornal ‘i’, que resultou de um investimento de 10,4 milhões de euros e que só obterá rentabilidade possivelmente daqui a cinco anos.

Portanto, a conclusão a que cheguei é que apesar de um jornal diário impresso envolver uma quantidade impensável de esforços é possível criá-lo se obtivermos condições monetárias para tal e se tivermos ideias criativas e realistas para que se concretize esse jornal. No entanto, não há uma certeza que nos leve a acreditar que esse jornal prevaleça, pelo menos, dez anos. Até 2019 há muito para conhecer, para descobrir, quer no jornalismo digital e quer, talvez, no jornalismo impresso.

Se, obrigatoriamente, tivesse que criar um jornal, imaginando que tinha uma situação económica que mo permitisse, penso que optaria por conjugar um jornal em papel com uma edição online do mesmo.
Todavia, no jornal de papel optaria por colocar: grandes entrevistas; optaria por fazer duas a três ‘caixas’ semanalmente; opiniões e críticas de jornalistas/comentadores, com os quais tentaria manter um contrato de exclusividade; trataria temas que existem na sociedade, mas que raramente têm exposição pública; e, grandes reportagens. Escolheria um design actual e original quer no digital quer no impresso e tentaria difundir os temas com profissionalismo, criatividade e de todas as perspectivas ou, então, de perspectivas possíveis que nunca nenhum jornal teria abordado.
No jornal online, decidiria destacar: notícias breves, novidades de última hora, realçava alguns aspectos da edição impressa, colocava também opiniões de comentadores comuns de outros jornais… faria esta página conter uma informação mais leve, adaptada aos conteúdos online.

Penso assim, porque considero que as pessoas têm mais ‘paciência’ para ler artigos grandes em jornais de papel e menos paciência para os ler na Internet. Por isso, talvez uma boa ideia de explorar as duas vertentes (online e impressa) é conjugar os artigos mais completos e artigos mais breves e de consulta breve, nos jornais em papel e na Internet, respectivamente.
Se esta opção teria sucesso? Não sei, é a minha resposta. Talvez possa ser uma hipotética opção ou talvez, quem sabe, poderia resultar. Teria que experimentar, arriscar para saber se este projecto resultaria.

Isto não é nada mais que uma reflexão… uma ideia…baseada essencialmente nos meus pensamentos.
Até ao próximo pensamento :)
Beijinhos***

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ainda há quem aposte no impresso... Outros não!

Bem, hoje dou-vos a conhecer duas apostas diferentes: o site da Revista Vidas (a versão impressa está incluída no Correio da Manhã aos sábados) e a nova revista ‘Cuore’ que saiu hoje para as bancas com um preço de cinquenta cêntimos. A primeira aposta no jornalismo digital; a segunda prefere a versão impressa. Qual durará mais tempo?
Ambas as edições tratam os mesmos temas: vida dos famosos internacionais e nacionais, temas cor-de-rosa, moda, beleza aliados à actualidade. Enquanto a revista Vidas possui as duas vertentes (online e papel), a revista Cuore prefere, pelo menos para já, apostar somente no papel…
Qual das duas apostas terá mais sucesso? A digital ou a impressa?
Será agora um bom momento para apostar numa edição impressa de uma revista mesmo que seja por apenas 50 cêntimos?

Depois de andar há umas semanas a pensar neste assunto e a escrever sobre ele, creio que esta não seria uma boa altura para criar uma edição impressa de uma revista ou jornal. Independentemente do dinheiro que tivesse para investir na criação de uma revista ou de um jornal, dos temas que iria tratar, do género de jornalismo que iria praticar e do público que me iria dirigir, penso que é um risco criar agora um jornal impresso.

É verdade que o preço baixo é uma boa aposta para valorizar/ tentar vender um jornal. Mas, creio que o preço não será o que atrairá as pessoas para comprarem o jornal, mas sim a curiosidade para verem algo novo no jornalismo. Contudo, satisfeita a curiosidade registar-se-iam baixas nas vendas. Por exemplo, 50 cêntimos pagos todos os dias por um jornal impresso teria que ser um jornal que valesse pelo seu conteúdo e aí sim valeria o dinheiro investido nele. Mas, as pessoas gostam das coisas enquanto são novidade, porque depois pensam que está disponível na Internet aquilo que têm num jornal impresso ou até têm mais variedade do mesmo tema na Internet do que num jornal em papel. Depois há outra vantagem é que posso guardar os artigos da Internet no computador, sem correr o risco de me ocuparem espaço em casa, de serem considerados “tralha”. É mais fácil guardar um artigo digital que não ocupa espaço em casa nem custa dinheiro do que guardar todos os artigos em papel que me custam dinheiro e que enchem a casa. Um dia que se queira apaga-se do computador, e um jornal em papel deita-se fora, mas há a sensação de que com aquele jornal foi também deitado para o lixo o dinheiro que se investiu no jornal.
Por isso, os gratuitos são uma boa aposta: criam hábitos de leitura a quem não os tinha, não custam dinheiro e retratam os temas de forma breve e sem profundidade.

Será que devemos apostar mais nos jornais de papel gratuitos e no jornalismo online?
Também penso que não será a solução, porque é necessário para as pessoas lerem os chamados jornais de referência. Há pessoas que compram todos os dias este tipo de jornais e sentem que é dinheiro bem gasto pelo conteúdo do jornal.

Há tantas coisas inerentes à criação de um jornal de papel diário… Tem-se que considerar vários factores: situação económica que possuímos, géneros jornalísticos que queremos incidir com mais profundidade, temas que desejamos tratar, críticos e escritores de artigos de opinião que devemos contratar, que jornalistas especializados temos que possuir, que tipo de público queremos abranger, tratamentos de imagem e design que teremos que apostar… Encontrar, acima de tudo, formas que rasguem o panorama habitual dos jornais diários da imprensa portuguesa e conseguir valorizar o jornal e o seu conteúdo para que este não seja só uma aposta dos leitores enquanto é novidade, mas sim que perdure durante largos anos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Rosental Alves comenta Jornalismo e Internet...

Opinião de Rosental Alves sobre Jornalismo e Internet.

Pensamentos de quem quer chegar a uma conclusão...

Continuando a reflexão para conseguir criar um jornal que prevaleça para além de 10 anos… Encontrei, então, opiniões divergentes: Rupert Murdoch (empresário australiano que preside e dirige o grupo de comunicação social norte-americano News Corporation) que defende que os jornais em papel vão deixar de ser lidos entre 10 a 15 anos; e, um estudo da Associação Mundial de Jornais e da PricewaterhouseCoopers (presta serviços de auditoria e consultadoria para todo o tipo de empresas) que os jornais impressos possuem ainda um longo futuro, apesar dos consumidores preferirem os conteúdos digitais.

Então em que ficamos?!
Ainda é possível elaborar-se mais jornais em papel e que estes vençam este cenário da imprensa portuguesa?!

Apostar na criação de um jornal diário em papel é certamente um risco. Um jornal impresso necessita de muitos e bons jornalistas, de profissionais de design e de imagem. Um jornal deste tipo acarreta imensos custos, por isso é que abrir um jornal não é como abrir um escritório de advogados ou um consultório de psicólogos: fazer nascer um jornal é dispendioso e acima de tudo há, por trás das edições impressas, um trabalho demorado e interligado entre todos os jornalistas para que o jornal possa ter sucesso.

E, neste momento, existe em Portugal capacidade de criar algum jornal que venha quebrar o panorama da imprensa portuguesa, que seja capaz de pelo menos igualar-se aos jornais de referência em Portugal e que perdure daqui a dez anos?
Na minha opinião, não é impossível, mas é extremamente complicado fazê-lo.

Poderíamos apostar em entrevistas, grandes reportagens, tratar temas actuais de perspectivas diferentes, elaborar histórias de ficção… mas, não estão estes conteúdos todos disponíveis na Internet e com a vantagem de serem grátis?
É muito difícil perante a crise combater o sucesso da Internet e valorizar os jornais impressos, porque simplesmente a crise abate-se sobre as famílias que optam por ter outras prioridades e comprar um jornal não está no topo das prioridades de uma família quando se tem informação gratuita disponível na Internet. As informações que estão na Internet são praticamente iguais às que vêm nos jornais, pois a maioria dos jornais de papel disponibilizam a informação impressa na sua edição online.

Poderíamos limitar também a informação na Internet, relativamente ao que tem o jornal impresso… mas será que resultaria? Não iriam as pessoas procurar a mesma informação noutros jornais online? Hoje em dia, existe uma partilha de agendas que permite aos jornais cobrirem os mesmos acontecimentos e disponibilizarem as mesmas informações. Portanto, limitar a informação na Internet seria “empurrar” os nossos leitores para outras páginas online.

Ainda há outra hipótese… Seria possível criar um jornal em papel e uma página online do mesmo jornal, mas apostar em géneros jornalísticos como grandes reportagens, entrevistas, opiniões com temas interessantes para o jornal impresso e não disponibilizar online aquilo que continha o jornal impresso? Por sua vez, na Internet arriscaríamos em colocar notícias breves, informações que todos os outros jornais diários também tinham, novidades de última hora que não poderíamos pôr no jornal impresso?
É impossível prever se este jogo para conjugar o online e o impresso resultaria. Mas, poder-se-ia arriscar.

A imprensa portuguesa poderá lançar 'algo novo', um jornal que corte com o presente dos jornais portugueses, mas será que inventar algo novo para se pôr nas bancas não irá ter só sucesso enquanto é novidade e depois as pessoas não se vão cansar quando esse “algo novo” deixar de ser novidade?
Relativamente fácil é criar-se algo que prevaleça enquanto é novidade, mas é impossível manter esse algo como sendo sempre novidade, principalmente quando se trata de um jornal diário. Nem sempre podemos fazer “caixa”, pois nem sempre há notícias que nos permitam criar uma caixa atraente para os leitores, e nesses dias que não há “caixa”, como chamamos os leitores para nós?!

Tal como defende o estudo "Adoptar modelos empresariais múltiplos: uma perspectiva para os editores de jornais na era digital", os leitores interessam-se e estão mais dispostos a aderir aos conteúdos online, mas quem sempre apostou na leitura dos jornais em papel continuará a fazê-lo.
Eu concordo. Há pessoas que lêem os jornais em papel por uma questão de preferência, também por uma questão de hábito e por não estarem familiarizados com a Internet e as múltiplas funções que esta possui. É um processo complexo para muitas pessoas acostumarem-se à Internet e compreender os avanços que esta implica a todos os níveis.

No entanto, Rupert Murdoch acredita que as pessoas deixarão de comprar jornais entre os próximos 10 a 15 anos e defende que se deve apostar cada vez mais no jornalismo online. Mas, o empresário defende que o jornalismo digital deve ser pago para combater a crise das vendas em papel e das receitas publicitárias.
Mas será que uma mudança do jornalismo online gratuito para um jornalismo online pago não iria “afastar” as pessoas da informação e limitar-lhes o acesso às novidades?
O problema é que as pessoas preferem não pagar. Os leitores querem informação grátis e fiável. Por estas razões é difícil combater a Internet com um jornal em papel, porque mesmo que não se disponibilize a informação na página de um jornal online, há quem a disponha um blogue ou noutro suporte digital onde qualquer pessoa pode aceder.

Complexo, não é?
Todos os dias tenho pensado, divagado, questionado sobre o tema “Criar um jornal que prevaleça daqui a 10 anos”… Ainda não encontrei uma ideia que seja realmente coerente e que me faça crer que haja um tipo de jornal em papel que possa ter sucesso daqui a 10 anos.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

É possível criar um jornal em papel que dure 10 anos?!

A ‘Deloitte’ apresentou, em 30 de Janeiro de 2009, um estudo onde se defende que os jornais impressos devem limitar o jornalismo on-line, pois segundo o relatório de “Previsões para os Media em 2009”, "se o online sozinho não funcionar do ponto de vista financeiro, a presença digital de um jornal deve ser reduzida significativamente de modo a encorajar as pessoas a voltarem para o produto físico".

Será esta ideia correcta?
Não sei até que ponto limitar o jornalismo on-line iria fazer com que as pessoas voltassem gradualmente aos jornais impressos. É praticamente impossível restringir algo na Internet, pois há uma globalização das notícias que não se consegue controlar.
Nesta reflexão ainda não consegui encontrar uma forma de combater o jornalismo digital e valorizar o jornalismo em papel, para que assim possa criar o jornal que atraía as pessoas e que consiga fazer os leitores o comprarem regularmente durante mais de 10 anos.
É difícil criar um jornal em papel que perdure daqui a 10 anos, simplesmente porque por muito atraente que seja o jornal, a verdade é que os jovens de hoje não têm o hábito de ler jornais. Pelo contrário, os jovens são muito mais adeptos do jornalismo on-line.

António Granado, jornalista do Público, defende que estabelecer limites ao jornalismo on-line é “um suicídio” e fazê-lo seria agradar aos mais velhos por estes estarem habituados ao papel. O jornalista defende ainda que os jornais de papel “têm os dias contados”.

Mais uma vez, acredito que é praticamente difícil elaborar um jornal diário que sobreviva daqui a uma década, porque actualmente a sociedade mais jovem está vive em perfeita ligação com aquilo que é digital. E, como se sabe, o mundo é dos mais jovens e o futuro também. O futuro dos jornais em papel está intrinsecamente ligado à geração de jovens que actualmente cresce em Portugal e no mundo: jovens adaptados à era digital, onde buscam e procuram tudo o que querem à distância de um ‘clique’ e sem recorrer aos jornais tradicionais. O facto da Internet permitir o acesso a um número ínfimo de informações, possui ainda a vantagem de ser gratuita. Com a crise que se abate sobre Portugal e com uma sociedade jovem que se interessa muito mais por elementos digitais do que por coisas tradicionais é complicado fabricar um jornal em papel que consiga vencer neste panorama da imprensa portuguesa.


Num documento intitulado “O Futuro dos Jornais?”, Álvaro Costa de Matos elaborou uma recensão crítica sobre o debate onde participou Joaquim Vieira (Observatório da Imprensa) e Rita Espanha (OberCom – Observatório da Comunicação). Nesta recensão, há uma questão que vai de encontro à reflexão que ando a elaborar, que é a seguinte:
“Como combater a diminuição de leitores dos jornais tradicionais? Que soluções poderão ser encontradas/experimentadas? Serão as remodelações gráficas recentemente encetadas por alguns jornais (Expresso, Público e Diário de Notícias) suficientes?
Novo consenso: as remodelações gráficas encetadas pelos jornais referidos são manifestamente insuficientes para inverter aquela tendência. Igualmente esgotada, ou em vias de, está a fórmula de vender ou mesmo dar produtos associados ao jornal, como livros, filmes em DVD e CD’s com música. As vendas são limitadas no tempo e, pior, não fidelizam nem a marca nem a leitura. Para Rita Espanha, uma das soluções passa pela credibilidade dos jornas de referência, pois uma boa parte “das pessoas continua a achar que a credibilidade da informação está nos meios tradicionais”. Mas o ideal será aliar a credibilidade a novas formas de organizar a informação, a novos conteúdos e a uma nova relação com o leitor. Em cima da mesa está também a possibilidade dos jornais de referência passarem a gratuitos, com algumas experiências no terreno, como a distribuição gratuita do Público em certas universidades. O objectivo é chegar às gerações mais novas, marcadas pela filosofia da Internet, onde a informação não tem necessariamente de ser paga. Incontornável também é a colocação do jornal na Internet, através da versão on-line da edição em papel. Mas aqui ainda estamos numa fase de experimentação. Como nos diz Rita Espanha os jornais ainda não encontraram a forma de rentabilizar a sua presença no ciberespaço, ainda não a estabilizaram, indecisos que andam quanto à gratuitidade ou à cobrança no acesso à versão on-line do jornal (vejam-se os casos do Público ou do Expresso, os mais paradigmáticos desta indefinição). Outras estratégias seguidas pelos jornais para captar mais utilizadores, nomeadamente para os sites, rentabilizando assim a presença na Internet, assentam na utilização dos blogues, nos conteúdos em podcast ou mesmo nas sondagens on-line. Joaquim Vieira lembra ainda a necessidade de os jornais actuais prepararem, desde já, o futuro, alterando profundamente as suas redacções, combinando palavras, imagens e som, ou seja, integrando todos os tipo de media. Convergência será a palavra de ordem. E desta nascerão as redacções multimédia, como já existem nos EUA ou na Suiça. Os jornais estarão assim em condições de maximizar quer a versão em papel quer a versão linha, mas vistos em conjunto, como um único produto. Aqui residirá a diferença…”.


domingo, 14 de junho de 2009

Reflectir sobre o jornalismo...

A minha reflexão prende-se com a criação de um jornal que vença daqui a dez anos. Depois de vários pensamentos durante uma semana, conclui que a tarefa não é fácil. Num mundo onde cada vez mais impera o jornalismo on-line, é muito difícil para os jornais de papel combaterem este sucesso do on-line.

Primeiramente, elaborei uma lista com as diferenças entre o jornalismo on-line e o jornalismo impresso.
Aqui está ela:
É mais fácil transportar um jornal de papel que um computador portátil;
O jornalismo on-line é grátis;
O jornalismo on-line está disponível a qualquer hora do dia e nós não podemos comprar um jornal de papel a qualquer hora;
O jornalismo impresso sai diariamente (normalmente), o que torna as notícias muito mais efémeras do que são no jornalismo on-line;
No jornalismo on-line as notícias estão, de certa forma, interligadas e à distância de um ‘clique’;
Nos jornais de papel o nosso conhecimento fica um pouco limitado ao que possui o jornal, na Internet basta irmos ‘clicando’ nos ‘links’ para irmos navegando e conhecendo mais novidades;
O jornalismo on-line pode actualizar-se na hora e o jornalismo de papel tem que esperar pelo dia seguinte;
Os jornais de papel não possuem vídeos e som, apenas valorizam a escrita e a imagem, enquanto que os jornais on-line dispõem de vídeos, som, imagem e escrita;
Os jornais em papel podem ser guardados para mais tarde reler, na Internet há documentos que podem desaparecer com o tempo;
Os jornais de papel têm a função de explicar, interpretar e analisar os acontecimentos de uma maneira mais pormenorizada e aprofundada que não se compara às informações rápidas e breves oferecidas pela Internet;
O jornal impresso pode dobrar-se, não pesa quase nada e é agradável sentir o papel e desfolhar um jornal;
Na Internet é difícil dividir o bom jornalismo do mau jornalismo, pois há uma grande quantidade de informação;
Muitas vezes, no jornalismo on-line é difícil saber quem é o autor da notícia. Há uma maior facilidade de surgirem boatos e mentiras, porque todos podem participar on-line.
O jornalismo on-line não representa desvantagens para o ambiente (fabricação de papel, jornais deitados no chão das ruas…);
Os jornais de papel esgotam-se às vezes, o jornalismo on-line está, nesse sentido, sempre disponível, porque não se acabam os exemplares;
Podemos aceder aos artigos que nos interessam com grande rapidez no jornalismo on-line, enquanto que nos jornais em papel temos que andar a desfolhar para encontrar o que procuramos;
Podemos “copiar-colar” artigos do jornalismo on-line e não é preciso transcrevê-los como é obrigatório no caso do jornalismo de papel;
O jornalismo on-line oferece-nos informações adicionais e existem locais virtuais onde podemos debater as informações;
O jornalismo on-line dá-nos a possibilidade de, no exacto momento, saber o significado de uma palavra, de uma expressão, de traduzir algo que não percebamos, etc.;
O jornalismo on-line é mais acessível aos mais jovens, pois um idoso num lar ainda pode ler um jornal, mas saberá e conseguirá ele trabalhar com todos os instrumentos disponíveis na Internet? Não estará assim a Internet a restringir a informação a algumas idades e aos que percebem mais das ferramentas virtuais?

Assim, com tantas vantagens e desvantagens para ambos os lados como poderei eu criar um jornal que ainda perdure daqui a dez anos?!
É verdade que o jornalismo impresso dura há mais de 400 anos, mas actualmente os jornais impressos estão a perder cada vez mais face ao jornalismo on-line.

Entre as primeiras pesquisas que fiz para a elaboração deste primeiro texto da minha reflexão, encontrei um vídeo que oferece um cheirinho sobre este tema.


Amanhã regresso para divagar mais um bocadinho sobre este tema. Até amanhã :) Beijinhos

terça-feira, 2 de junho de 2009

Olá :)
Bem, depois de um período de pesquisas, marcação de entrevistas com as pessoas que pensei serem as mais correctas, vejo agora que estou no caminho certo para a concretização da minha reportagem de Seminário.
O tema? Infertilidade!
A razão porque o escolhi? Porque desconhecia a quantidade de pessoas que eram afectadas por este problema. 15 a 20% da população mundial e 300 mil casais portugueses sofrem com esta "doença".
Não tenho a idade certa para pensar em ter filhos, é um desejo futuro, quando a vida o permitir. É difícil pôr-me no lugar desses casais, porque só quem passa pelas coisas é que sabe o que lhes custa. Mas, os relatos que já ouvi são a prova de que realizar um desejo é algo que nos move, que nos faz acreditar, ter esperança e que acima de tudo nos transporta para uma tarefa onde temos que nos esforçar até aos nossos limites.
Não sei o que é querer ter um filho, não sei o que é querer muito algo e o corpo não deixar. Sei sim o que é querer muito uma coisa e o dinheiro não permitir ou haver outras coisas que não nos deixem realizar um sonho, mas o corpo não me deixar realizar um sonho, efectivamente não sei o que é. Mas não é só o corpo que não deixa, outro problema é que os tratamentos de infertilidade são dispendiosos, como afirma João Silva Carvalho: "Se for necessário recorrer aos tratamentos mais sofisticados, os custos podem chegar aos 4000 euros. A nível de medicação, estamos a falar em cerca de 1000 euros" - (Citação da reportagem da Revista LuxWoman, de Maio de 2009).
Nestes dias, irei também entregar-me a uma reportagem sobre Acompanhantes de Luxo! Muito interessante, não é? ;)
E, como é a recta final do curso, ainda terei que dedicar-me a uma reportagem de jornalismo desportivo: Ciclismo, BTT e Duatlo. Vai ser bom andar por aí com um grupo de homens que se aventuram nestas três modalidades, vai ser compensador para me informar, trabalhar a mente e o corpo.
Beijinhos, até à próxima.

domingo, 31 de maio de 2009

Cá vou andando...

Há tanto tempo que não escrevo nada aqui... Desculpem!
Tenho andado por aí em entrevistas para a minha reportagem de Seminário, mais uns trabalhos de Jornalismo Desportivo, mas está tudo a correr bem. É a recta final do curso! Muito trabalho, muito muito mais do que estava a imaginar... Além disso, a minha vida não é só faculdade e ultimamente a faculdade tem-me ocupado imenso tempo. No entanto, quem corre por gosto não cansa. :)
Mas, hoje arranjei aqui um tempo enquanto fazia umas pesquisas na internet para vir até aqui escrever um bocadinho.
Este fim-de-semana foi complicado. Entre trabalhos, elaboração de propostas de reportagens e ideias para futuros trabalhos lá se passou o fim-de-semana. E, o descanso? Fica para daqui a 19 dias, exactamente o tempo que falta para terminar o curso. Contudo, ainda há umas reportagens para entregar depois...
Portanto, nada de especial para vos contar.
Beijinhos, até à próxima.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

São escolas portuguesas, com certeza...

Cá estou eu de novo! Eu sei que é suposto dedicar-me mais ao meu "diário virtual", mas o tempo não é muito.
Bem, hoje escreverei sobre umas notícias da actualidade.
Primeiro, a semana passada fui confrontada com a notícia de que uma escola, aqui do Pinhal Novo, proibiu o uso de decotes, saias e calças descaídas. Ri-me tanto com esta novidade, porque penso que Salazar já morreu! Mas, desde quando é que a Directora de um Conselho Executivo de uma escola pública tem o direito de estipular a indumentária de crianças que ainda nem ao secundário chegaram?! Esta medida só prova que há pessoas pequeninas que se julgam mais do que são. Os pais são os únicos que possuem autoridade para determinar a roupa dos filhos.
Mas, claro que esta não é a melhor da semana: os meus votos vão indubitavelmente para o caso da professora de Espinho. A tal Josefina Rocha tem tantos anos de estudo como de falta de educação. Sempre achei que a "raça" dos professores era péssima e dou os parabéns às pessoas que obtiveram aquela gravação, que vem comprovar como estou certa quando me refiro aos professores. Penso que não é normal aquela 'mulher' dirigir-se assim a miúdos de 12 anos, mas a frase que mais me deixa furiosa é quando ela se refere à mãe da aluna, fazendo-se valer dos seus anos de estudo e do estatuto de "senhora doutora". Como é que é possível que o Conselho Executivo não tenha dado ouvidos às queixas anteriores sobre esta "senhora doutora"?! No meu ver, também o Conselho Executivo deveria ser suspenso! É engraçado como tão facilmente se dá ouvidos às queixas dos professores e no caso dos alunos é preciso provas destas para estes serem atendidos e respeitados.
Pois é, duas situações bem diferentes, mas que tão bem demonstram que as escolas portuguesas vão de mal a pior.
E, como o tempo não é muito, vou-me despedir.. Aguardem pelo meu regresso, assim como eu aguardo pelas notícias nacionais e internacionais todos os dias.
Beijinhos

sábado, 16 de maio de 2009

Início de uma nova etapa...

Olá.
Este é o meu início no mundo dos blogues. Como tal, ainda estou um pouco "acanhada" e ainda estou a tentar perceber como funciona este mundinho do qual fazem parte uma quantidade incalculável de pessoas.
Portanto, aviso já: criei um blogue sob o nome ‘mentedeumaescorpiao’, mas como não me entendi com ele; depois, decidi fazer asneira e criei outro blogue, com o qual também não consegui entender-me. Conclusão: este é o meu terceiro blogue e prometo que desta vez vou conseguir entender-me com isto!
Começo, então, por me apresentar: Sou a Cheila, tenho 21 anos. Estudo Jornalismo, na Universidade Lusófona. Criei este blogue por incentivo do meu professor de Ciberjornalismo, pois sempre me fez imensa confusão ligar-me e empenhar-me numa "coisa" virtual. Confesso que ainda me estou a habituar à ideia de escrever aqui, no computador, uns textos ou umas meras palavras. Adoro escrever, é um facto. Mas, prefiro fazê-lo em papel. Contudo, já que me iniciei neste mundo, desejo dedicar-lhe algum tempo para aprender coisas novas e comunicar com outras pessoas. Vou encarar isto como uma nova forma de me expressar, apesar de agora ter de me expressar para outras pessoas.Bem, eu escrevo um bocadinho sobre tudo. Aliás, quero tornar o meu blogue dinâmico, falando aqui sobre todos os temas.
Hoje foi um dia especial: Bênção das Fitas! Foi muito bom, partilhei um dia único com aqueles que me fizeram chegar até aqui e estar quase a terminar esta fase da minha vida. Três anos que passaram a correr, quase não dei por eles. Mas, guardo muitos momentos desde três anos de curso, de vida académica.
Agradeço a todos que contribuíram para o meu sucesso: os meus pais (sempre me apoiaram, estiveram sempre lá e deram o melhor deles para garantir o meu sucesso); o meu cão (que me ouviu sem nunca me criticar e que teve sempre tempo e paciência para me aturar mesmo quando estava de mau humor); o meu namorado (que sofreu tanto por me ouvir a desabafar sobre faculdade, testes, exames, orais, trabalhos); os meus carros (que me acompanharam sempre nas viagens diárias e sem nunca falharem); os meus amigos do Pinhal Novo (sempre pacientes e compreensivos quando não podíamos beber os nossos cafezinhos à noite, porque eu tinha que estudar); à minha família (que sempre me deu força e me fez acreditar que era possível chegar até aqui); às minhas amigas da faculdade (com quem lidei muitas horas por dias, com quem passei inúmeros momentos, que sofreram o mesmo que eu para chegar até aqui, que me aturaram em todos os momentos…); e, por fim, aos meus amigos da faculdade (que trabalharam, riram, conversaram comigo sempre durante três anos). Um beijinho também especial para as senhoras da bomba de gasolina da Galp que me serviram sempre o cafezinho de manhã que me dava energia para aguentar as aulas e para os instrutores do meu ginásio que suportaram as queixas que fiz sobre o meu corpo, mas que sempre me incentivaram a treinar e, pior, fizeram-me ter prazer em estar no ginásio.
Portanto, hoje o dia foi muito cansativo, mas simultaneamente foi gratificante. Foi como estes três anos: cansativos e muito gratificantes em todos os aspectos. Beijinhos.